quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Uma Carta para Márcia

Rio 19.11.1991

Atemporal

 Nunca desejei nada que fosse impossível. Nunca olhei o universo, como algo inalcançável.
 Nunca quis o poder de forma obscena ou irrevogavelmente ambiciosa. Sempre desejei que minha vida fosse insólita, mesmo por que, singular ela já é.
 Sempre desejei que meu amor fosse efusivamente grandioso. Que pena!, ele tornou-se disperso e às vezes solitário, platônico e difícil de ser correspondido.
 Sempre almejei a juventude, como um gostoso e inocente hábito, com o eterno cuidado de não fazer da velhice uma profissão, difícil de ser exercida.
 De forma fabulosa e fantástica, sonho em um dia ser apenas uma pequena molécula na corrente energética do universo em comunhão tal, que todas as preocupações coexistirão com a certeza da vitória iminente e arrebatadora, fazendo com que momentos como esse, de pura utopia e fé não sejam somente um sonho. Sim. Serão bem mais que um sonho.
“Um novo amigo é como um vinho novo, que o tempo adocica o sabor”
 Márcia, não te esqueça de mim.
                                                                                                                       Um amigo: Emerson SP

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